Deus

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Etimologia e uso

    • Tanto a forma capitalizada do termo Deus quanto seu diminutivo - que simboliza divindades, deidades em geral - têm origem no termo latino "deus", significando divindade ou deidade. 
    • O português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original, com o final do substantivo em "us", diferindo-se assim do 
    • espanhol dios, francês dieu, italiano dio, e do romeno, que distingue o criador monoteísta, Dumnezeu, de zeu, um ser idolatrado.
    • Os termos latinos Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino", descendem do Proto-Indo-Europeu *deiwos = "brilhante/celeste", termo esse encerrando a mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus).
    • A era clássica, o vocábulo em latim era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. Em um mundo dominado pelas religiões abraâmicas, com destaque ao cristianismo, o termo é usado hodiernamente com sentido mais restrito - designando uma e a única deidade - em frases e slogans religiosos tais como: Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco"; no título do hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos"
    • Mesmo na expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina, de Públio Virgílio, Dabit deus his quoque finem, que pode ser traduzida como "Deus trará um fim à isto", e no grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, que em português traduz-se por "assim quer Deus", ou "esta é a vontade de Deus", verifica-se tal sentido restrito.
  • Em latim existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", delas derivando as expressões portuguesas "(Oh) meu Deus!", "(Ah) meu Deus!" e "Deus meu!".
  • Dei é uma das formas flexionadas ou declinadas de "Deus" no latim. É usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").
    • palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, e ironicamente referem-se todas a teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. 
    • Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo". 
    • Teísmo é a crença em um Deus providente e interferente. Seguidores dessas teorias, e ocasionalmente seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês, o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para
    • deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. 
    • Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. 
    • Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo.
  •   São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus. 
  • Palavra pode assumir conotações negativas em algumas conotações. Na filosofia cartesiana, a expressão "Deus deceptor" é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento. Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário. Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido"de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se a uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação nem via exame ocular de ações divinas in loco. 
  • O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures. Forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI.
  •  A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan".
  •  A maioria dos linguistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Europeia    (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".
  • A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.
  • Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas.
  • O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Aquenáton e Zoroastrismo.
  • Nome

    Ver artigo principal: Nomes de Deus

    • palavra latina Deus, em inglês God, bem como suas traduções em outras línguas, a exemplo Θεός em grego, Бог em eslavo, Ishvara em sânscrito, ou Alá em árabe, são normalmente usadas para toda e qualquer concepção. 
    • O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em todas as capitais, isto significa que a palavra representa o tetragrama específico.
    • Deus também pode ser reverenciado por nomes próprios que enfatizem a natureza pessoal desse em correntes monoteísticas do hinduísmo, alguns remontando a referências primitivas como Krishna-Vasudeva na Bhagavata, posteriormente Vixnu e Hari, ou mesmo mais recentemente, caso do termo Shakti.
    • É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epitetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento; os nomes de Deus no Qur'an, Alcorão ou Corão; e as várias listas com milhares de nomes de Deus, a citar-se a lista de títulos e nomes de Krishna, no Vixnuísmo.
    • As religiões monoteístas atuais, a citarem-se o Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í, o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH), que quer dizer "Yahweh", que muitos pronunciam em português como "Jeová" .
    • Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como 
    • "O Senhor", "O Salvador", "O Todo-Poderoso", "O Deus Altíssimo", "O Criador" ou 
    • "O Supremo", "O Deus de Israel", ou títulos similares.
    • Um bom exemplo desse tipo de associação entre Deus e suas características ou ações, bem como da expressão do relacionamento dos homens com deus, ainda fazem-se explícitas em alguns nomes e expressões hebraicas, como Rafael, "curado - (Raf) - por Deus - (El)"; e árabes, por exemplo em "Abdallah", "servo - (abd) - de Deus - (Allah)".
    • Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de DEUS, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.

    As principais características deste Deus-Supremo seriam:

    a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;

    a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:

    a Onisciência: poder de saber tudo.

    a Onibenevolência: poder da bondade infinita.

    Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam:

    o Bagavadguitá, dos hinduístas;

    o Tipitaka, dos budistas;

    o Tanakh, dos judeus;

    o Avesta, dos zoroastrianos;

    a Bíblia, dos cristãos;

    o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias;

    o Alcorão, dos islâmicos;

    o Guru Granth Sahib dos sikhs;

    • Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís;

    Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como:

    Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica;

    Zoroastro, na fé zoroastriana;

    Krishna, na fé hindu;

    Buda, na fé budista;

    Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica;

    Maomé, na fé islâmica;

    Guru Nanak, no sikhismo,

    Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í

    A existência de DEUS

                                                  Ver artigo principal: Existência de Deus

    Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem. As principais correntes filosóficas que investigam e procuram dar respostas para a questão são:

    Deísmo - Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a ideia de revelação divina. 

    O teísmo - O teísmo é um conceito que surgiu no século XVII. Contrapõe-se ao ateísmo, deísmo e panteísmoO teísmo sustenta a existência de um Deus (oposto ao ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência, mantendo-o (contra o deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser provada pela razão e por evidências empíricas, prescindindo da revelação; mas não a negando, contudo. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus e na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia.

    Teísmo agnóstico - Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim.                A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.

    Agnosticismo - Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência.             O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.

    Ateísmo - O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.

    Em resumo, podem-se distinguir três linhas centrais de pensamento:

    • Entre os teístas, além das revelações oriundas de livros considerados sagrados, como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer Deus e suas qualidades observando a natureza e suas criações. Argumentam que existem evidências científicas suficientes que inequivocamente implicam uma fonte de energia ilimitada, e que esta seria o criador da substância do universo. 
    • Alegam que, observando a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, podem inequivocamente concluir pela existência de Deus. Como exemplo, uma das correntes cristãoes que defendem tal posição é a dos protestantes norte-americanos engajados no movimento do Desenho Inteligente. William Dembski é um dos defensores dessa linha de pensamento. 
    • Para vários ateístas e agnósticos a situação é diferente. Para a maioria desses, a definição de Deus, conforme proposta pelos teístas, se faz por sentença não testável frente ao mundo natural, que segue seu curso seguindo regras inexoráveis; e nesses termos Deus é sustentado apenas por fé, não havendo razão física natural que permita decisão racional ou a favor ou contra Sua existência. 
    • Citam não raramente, a fim de corroborar seu posicionamento, a postura similar adotada pela ciência moderna; a de que deus(es) transcende(m) aos "tubos de ensaio"; e que por tal não se pode entrar empiricamente nos "métiros daquele(s)". Adotam em essência o posicionamento definido pela ciência, sendo Marcelo Gleiser um dos defensores dessa linha de pensamento. á ainda os que vão além, e afirmam que a situação inicial se inverte.
    •  Para alguns ateístas a análise fria do universo e do que nele e na Terra ocorrem mostra-nos claramente que não há um Deus ou mesmo outra deidade onipotente qualquer atrelados. Segundo essa corrente de pensamento, o universo, se fosse projetado e concebido por um ser Onipotente, Onisciente, justo e paternal - como geralmente definido pelos teístas - teria certamente características muito distintas das cientificamente observadas.
    • Richard Dawkins é um dos mais famosos defensores dessa linha de pensamento.

    Concepções de Deus

                                                    Ver artigo principal: Concepções de Deus

    As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações, focando-se sobretudo nas concepções socializadas ou institucionalizadas, já que concepções de Deus formuladas por pessoas individuais usualmente variam tanto que não há claro consenso possível sobre a natureza de Deus. As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da Trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.

    As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; sendo o ponto de vista sobre Deus no budismo praticamente não teísta. 

    Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processo e teísmo aberto.                                                                                                 O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida.      

     Doutrina espírita - Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Reconhecem a inexorabilidade das leis naturais, contudo todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor. 

    Martinismo - Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente... No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero - estou em todos os lugares." Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual, e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus. Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extraterrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. 

    Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.

    Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".

    Vários pensadores de renome e muitos não tão conhecidos especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo de um "inferno eterno", ou mesmo medo do desconhecido.

    Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Nessa linha de raciocínio, a religião é vista simplesmente como um meio para se dominar a massa que se vale das fraquezas humanas intrínsecas. Napoleão Bonaparte disse: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião"; afirmando em essência que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário, o meio para um fim.

    Abordagens teológicas 

    •                                                                                                                                               teólogos e filósofos atribuíram um número de atributos para Deus, incluindo onisciência, onipotência, onipresença, amor perfeito, simplicidade, e eternidade e de existência necessária. Deus tem sido descrito como incorpóreo, um ser com personalidade, a fonte de todos as obrigações morais, e concebido como o melhor ser existente. Estes atributos foram todos atribuídos em diferentes graus por acadêmicos judeus, cristãos e muçulmanos desde épocas anteriores, incluindo Santo Agostinho, 
    •  Al-Ghazali e Maimônides.                                                                                                      Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus buscaram compreender as implicações precisas dos atributos divinos. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. 
    • A exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.                 
    • Nos últimos séculos tem-se visto na filosofia vigorosas perguntas acerca dos argumentos para a existência de Deus, essas propostas por filósofos tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew. Mesmo Kant, embora considerasse que o argumento de moralidade era válido, fez várias críticas aos usuais argumentos empregados.                                                                                                             
    • A resposta teísta tem sido usualmente fundada em argumentos, como os de Alvin Plantinga, que afirmam que a fé é "adequadamente básica", ou em argumentos, como Richard Swinburne, fundados na posição evidencialista. 
    • Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a fé não é um produto da razão, mas exige risco. 
    • Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal bem ao estilo:         "O coração tem razões que a razão não conhece." 
    • A maior parte das grandes religiões consideram Deus não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia a dia. 
    • Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão-lhes nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas.

    Teísmo e deísmo


    O Teísmo sustenta que Deus existe realmente, objetivamente, e independentemente do pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo; que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e responde às orações. Afirma que Deus é tanto imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo. A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo.                                                                                                                   A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para com o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma autoconsciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência.

    O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.                                                                                                                                           O Deísmo afirma que Deus é totalmente transcendente: Deus existe, mas não intervém no mundo para além do que era necessário para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não é antropomórfico, e não responde literalmente às orações ou faz milagres acontecerem.            É comum no deísmo a crença de que Deus não tem qualquer interesse na humanidade e pode nem sequer ter conhecimento dela.                                                                                              O pandeísmo e o panendeísmo, respectivamente, combinam as crenças do deísmo com o panteísmo ou panenteísmo.

    Posições científicas e críticas a respeito da ideia de Deus

    Stephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos". Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não-empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral.Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural.

    Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ".

    Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo. Stephen Hawking argumenta que, em vista das recentes descobertas e avanços da ciência, sobretudo na área da cosmologia, a existência de um deus responsável pela existência e pelos eventos do universo mostra-se não apenas desnecessária mas também altamente improvável, para não dizer incompatível.

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